![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgATKGv_qGsRosOKeYEZhFYwd07Msr6NLVxX18UTkYUPb13GJAvYZMlX6zI9lpoJCwWVEa6b5H5DhqxHI11HSjOIg7XXWcNVdDD9iQU6vvYo_koIZqCTPp1PvBjX0_7RaagktD17A/s320/p080.gif)
Levantaram os muros do gueto.
Tijolo por tijolo, arames farpados,
Rolos e mais rolos que se estendem quilômetros a fio.
Os homens autômatos, vitrines da derrota,
Contemplaram mais um dia
de uma meia-vida,
Crianças choravam copiosamente sobre as tetas secas
de suas mães já mortas.
E a noite caiu no gueto,
Cadeados e correntes no portão principal:
-Ninguém entra nem sai-
O soldado com frio viu um homem que violava o toque
E tirou-lhe o resto de vida que restava.
Tito Ramalho
No comments:
Post a Comment