A poesia que eu escrevo é irrelevante
Pois as mulheres que amo me detestam
E a terra que sinto saudades está distante,
Entretanto escrevo.
Escrevo por vaidade besta e pelo amor pouco
Para observar as palavras que saltam no papel
E mesmo ao ver que as rimas são mal-feitas
Continuo a escrever.
Ergo a pena como quem arremete uma lança
Contra o papel que rabisco, maltratando-o como um inimigo
Mas beijo com ternura os meus versos acabados
E paro de escrever.
Tito Ramalho
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